Liga BWin: Boavista vence P. Ferreira num jogo com golos para todos os gostos
Sem o lacre do sufocante rigor táctico, um jogo de futebol pode dar nisto: num grande espectáculo, com golos para todos os gostos e feitios. Tudo isto num relvado fustigado pelas recentes chuvadas. Jaime Pacheco e José Mota, almas gémeas na arte do treino e da liderança, doutorados pelo empirismo da actividade, estão de parabéns.
4-3 para o Boavista, um resultado que se aceita, como se aceitaria a repartição de pontos. Isto, claro está, na impossibilidade de ambos os conjuntos serem abençoados com o dom da vitória. Um fartote de Futebol de Ataque, jogadas bem desenhadas, lances do mais fino recorte técnico e, como não poderia deixar de ser, alguma polémica.
Mas comecemos por Laionel. Autor de um improvável hat-trick, ele que até agora nunca marcara na Liga Bwin. Esta tarde, o extremo contratado ao modesto Vila Nova, revelou-se e foi o criador de três lances de raro espectáculo.
Primeiro, num pontapé do "meio da rua", com potência e colocação, aos 17 minutos; aos 26m, através de uma excelente diagonal deixou dois adversários para trás e rematou de forma rasteira e colocada; finalmente, a 13 minutos do final, aproveitou uma boa movimentação de Fary e apareceu ao segundo poste a rematar para o 4-3.
Crónica do Jogo:
O golo de Ricardinho, aos 7 minutos, deixava antever coisas boas. Espicaçado pela desvantagem no marcador, o Boavista lançou-se numa ardilosa ofensiva e à meia-hora já tinha virado o marcador.
Com muitos espaços por preencher, o tabuleiro de jogo tornava-se num apreciável labirinto em que predominava o jogo do gato e do rato. Ora atacas tu, ora ataco eu. Previam-se mais Golos e eles surgiram, naturalmente.
Wesley, numa irrepreensível marcação de um Livre Directo, fez o 2-2, mas ainda antes do intervalo, Jorge Ribeiro aproveitou uma desatenção na defesa adversária e levou o Boavista a vencer para o descanso.
E quem esperava um abrandamento de ritmo na segunda parte, deve ter ficado boquiaberto quando Cristiano, logo aos dois minutos, fez o 3-3. A partir daqui, vieram ao de cima algumas debilidades nos dois conjuntos.
Da parte do Paços, a clara falta de confiança do Ponta-de-Lança Furtado, que falhou dois golos feitos. José Mota levou as mãos à cabeça e trocou-o por Renato Queirós. Que também conseguiu fazer o mais difícil após um exímio cruzamento de Cristiano.
Haveria de ser Laionel a desfazer a igualdade, numa fase em que o Boavista parecia algo descrente e refém da necessidade de pontos. E ninguém merecia isso mais do que ele. Porque o futebol tem mesmo que ser isto: emoção, paixão, arrojo, entrega, golos.
Nota negativa apenas para um lance que envolveu Paulo Sousa e Jaime Pacheco perto do final. No local onde nos encontrávamos foi impossível perceber o que se passou, mas o técnico abandonou mesmo o banco de suplentes, por ordem do árbitro, que teve um trabalho muito complicado e parece ter deixado por assinalar uma grande penalidade de Peçanha sobre Laionel aos 70 minutos. Muitas dúvidas também num Fora-de-Jogo assinalado a Furtado, quando o avançado se isolava.
Por Pedro Jorge da Cunha, jornalista "Mais Futebol"
4-3 para o Boavista, um resultado que se aceita, como se aceitaria a repartição de pontos. Isto, claro está, na impossibilidade de ambos os conjuntos serem abençoados com o dom da vitória. Um fartote de Futebol de Ataque, jogadas bem desenhadas, lances do mais fino recorte técnico e, como não poderia deixar de ser, alguma polémica.
Mas comecemos por Laionel. Autor de um improvável hat-trick, ele que até agora nunca marcara na Liga Bwin. Esta tarde, o extremo contratado ao modesto Vila Nova, revelou-se e foi o criador de três lances de raro espectáculo.
Primeiro, num pontapé do "meio da rua", com potência e colocação, aos 17 minutos; aos 26m, através de uma excelente diagonal deixou dois adversários para trás e rematou de forma rasteira e colocada; finalmente, a 13 minutos do final, aproveitou uma boa movimentação de Fary e apareceu ao segundo poste a rematar para o 4-3.
Crónica do Jogo:
O golo de Ricardinho, aos 7 minutos, deixava antever coisas boas. Espicaçado pela desvantagem no marcador, o Boavista lançou-se numa ardilosa ofensiva e à meia-hora já tinha virado o marcador.
Com muitos espaços por preencher, o tabuleiro de jogo tornava-se num apreciável labirinto em que predominava o jogo do gato e do rato. Ora atacas tu, ora ataco eu. Previam-se mais Golos e eles surgiram, naturalmente.
Wesley, numa irrepreensível marcação de um Livre Directo, fez o 2-2, mas ainda antes do intervalo, Jorge Ribeiro aproveitou uma desatenção na defesa adversária e levou o Boavista a vencer para o descanso.
E quem esperava um abrandamento de ritmo na segunda parte, deve ter ficado boquiaberto quando Cristiano, logo aos dois minutos, fez o 3-3. A partir daqui, vieram ao de cima algumas debilidades nos dois conjuntos.
Da parte do Paços, a clara falta de confiança do Ponta-de-Lança Furtado, que falhou dois golos feitos. José Mota levou as mãos à cabeça e trocou-o por Renato Queirós. Que também conseguiu fazer o mais difícil após um exímio cruzamento de Cristiano.
Haveria de ser Laionel a desfazer a igualdade, numa fase em que o Boavista parecia algo descrente e refém da necessidade de pontos. E ninguém merecia isso mais do que ele. Porque o futebol tem mesmo que ser isto: emoção, paixão, arrojo, entrega, golos.
Nota negativa apenas para um lance que envolveu Paulo Sousa e Jaime Pacheco perto do final. No local onde nos encontrávamos foi impossível perceber o que se passou, mas o técnico abandonou mesmo o banco de suplentes, por ordem do árbitro, que teve um trabalho muito complicado e parece ter deixado por assinalar uma grande penalidade de Peçanha sobre Laionel aos 70 minutos. Muitas dúvidas também num Fora-de-Jogo assinalado a Furtado, quando o avançado se isolava.
Por Pedro Jorge da Cunha, jornalista "Mais Futebol"